O conteúdo deste projeto está estruturado em 4 blocos.
Aqui você vai encontrar artigos inéditos e exclusivos de músicos, pensadores, criadores e educadores.
Vai ver trechos das gravações das rodas de conversa, nas quais os colaboradores foram convidados a refletir sobre temas diversos, relacionados ao ensino musical. As rodas também foram transcritas, para que você possa acompanhá-las na íntegra.
Por que estudar música?
Música, neurociência e desenvolvimento humano
A educação musical no século XX: métodos tradicionais
Experiências criativas
A música no mundo
- Elizabeth Travassos Lins
- Magda Dourado Pucci e Berenice de Almeida
- Marcos Pupo Nogueira
- Roda de conversa 5
Música popular urbana e identidade nacional
A tradição popular brasileira na música
O educador músico ou o músico educador?
Música e inclusão
A música como instrumento pedagógico: interdisciplinaridade e transversalidade
Pedro Paulo Salles
Convidado a escrever sobre “A música como instrumento pedagógico: interdisciplinaridade e transversalidade”, ocorreu-me que a primeira parte do tema me soava um tanto problemática e me incomodava, pois remete a uma prática comum, na qual a música é usada para propósitos nem sempre interessantes (e quase nunca musicais), como um “meio” para se atingir objetivos que variam entre os pseudopedagógicos e os mercadológicos: o velho cartão postal que enfeita a escola para os pais, a clientela. A música, por sua maleabilidade e, principalmente, por seu aspecto sedutor e encantatório, é usada para tornar mais agradáveis disciplinas supostamente áridas, mas nem sempre isso é feito da melhor maneira, podendo tornar-se apenas um paliativo, que camufla problemas da disciplina em questão. Isso ocorre desde a educação infantil até o cursinho preparatório para o vestibular, em que a música é transformada em uma espécie de camelô, que vende conhecimentos baratinhos (e de qualidade duvidosa). Obviamente, esse não deve ser o papel da música no âmbito educacional, ao menos não o único. Esses jingles — assim podemos chamar essas músicas — salvo exceções, não costumam agregar qualquer conhecimento musical ao aluno, mas tão somente resíduos descartáveis.
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