O conteúdo deste projeto está estruturado em 4 blocos.
Aqui você vai encontrar artigos inéditos e exclusivos de músicos, pensadores, criadores e educadores.
Vai ver trechos das gravações das rodas de conversa, nas quais os colaboradores foram convidados a refletir sobre temas diversos, relacionados ao ensino musical. As rodas também foram transcritas, para que você possa acompanhá-las na íntegra.
Por que estudar música?
Música, neurociência e desenvolvimento humano
A educação musical no século XX: métodos tradicionais
Experiências criativas
A música no mundo
- Elizabeth Travassos Lins
- Magda Dourado Pucci e Berenice de Almeida
- Marcos Pupo Nogueira
- Roda de conversa 5
Música popular urbana e identidade nacional
A tradição popular brasileira na música
O educador músico ou o músico educador?
Música e inclusão
A música como instrumento pedagógico: interdisciplinaridade e transversalidade
“Identidade e diversidade na educação musical”
Carlos Sandroni
Nas últimas décadas do século XX, o crescente prestígio granjeado no Brasil por músicas populares urbanas (e, de maneira diferente, também por músicas populares de base rural e tradição oral), trouxe questionamentos às concepções de Educação Musical herdadas dos conservatórios europeus. Hoje não é mais possível sustentar, como se fazia até poucas décadas atrás, que existe apenas uma música artística, verdadeira, racional, em relação à qual todas as outras seriam imperfeitas, primitivas, subdesenvolvidas. Sabemos agora que a música ensinada nos conservatórios é apenas uma entre muitas, fruto de um desenvolvimento histórico peculiar, localizado no tempo e no espaço: Europa Ocidental, séculos XVIII e XIX.
Esta consciência não resulta apenas da emergência das músicas populares; ela resulta também de movimentos internos ao próprio campo da música erudita, como é o caso, por um lado, da revalorização da chamada “música antiga”, e por outro, das experimentações sonoras características do modernismo. No primeiro caso, mostra-se que a própria música europeia, até o século XVII, foi regida por outras concepções teóricas cujo domínio, indispensável para sua boa interpretação, exige que o músico de hoje “relativize” o que aprendeu na escola, como as noções de compasso, harmonia etc. No segundo caso, a mesma relativização é exigida pela proliferação de novas linguagens. Por uma ponta ou pela outra, o pretenso absolutismo da concepção clássica é posto em questão.
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