O conteúdo deste projeto está estruturado em 4 blocos.
Aqui você vai encontrar artigos inéditos e exclusivos de músicos, pensadores, criadores e educadores.
Vai ver trechos das gravações das rodas de conversa, nas quais os colaboradores foram convidados a refletir sobre temas diversos, relacionados ao ensino musical. As rodas também foram transcritas, para que você possa acompanhá-las na íntegra.
Por que estudar música?
Música, neurociência e desenvolvimento humano
A educação musical no século XX: métodos tradicionais
Experiências criativas
A música no mundo
- Elizabeth Travassos Lins
- Magda Dourado Pucci e Berenice de Almeida
- Marcos Pupo Nogueira
- Roda de conversa 5
Música popular urbana e identidade nacional
A tradição popular brasileira na música
O educador músico ou o músico educador?
Música e inclusão
A música como instrumento pedagógico: interdisciplinaridade e transversalidade
“A educação musical do século XX: os métodos tradicionais”
Sérgio Luiz Ferreira de Figueiredo
O ensino de música no século XX pode ser investigado e discutido a partir de diversas perspectivas. Músicos de várias nacionalidades ofereceram propostas para a educação musical que ainda suscitam discussões e reflexões em função dos elementos apresentados para o desenvolvimento musical de crianças, jovens e adultos. Tais propostas, que também podem ser identificadas como “métodos de educação musical”, são aplicadas ainda hoje em diversos contextos educacionais.
Diversas propostas metodológicas tornaram-se conhecidas e aplicadas no mundo todo em função de sua coerência e alinhamento com novos modos de pensar sobre o ensino de música. O que grande parte das propostas desenvolvidas no século XX apresentam em comum é a revisão dos modelos de ensino praticados em períodos anteriores, ou seja, aqueles modelos de educação musical que focalizavam a formação do instrumentista, reprodutor de um repertório vinculado a uma tradição musical, a partir de concepções fortemente arraigadas na questão do talento e do gênio musical. Naquela perspectiva do passado, o fazer musical estaria relacionado a um grupo de pessoas talentosas, assumindo uma postura exclusiva, na qual grande parte dos indivíduos estaria impossibilitada de se desenvolver musicalmente. Os novos métodos apresentados na primeira metade do século XX, também denominados “métodos ativos”, propõem uma nova abordagem em que todos os indivíduos seriam capazes de se desenvolver musicalmente a partir de metodologias adequadas. Considerando que estamos no século XXI, essas propostas apresentadas na primeira metade do século XX podem ser denominadas “tradicionais” em termos de educação musical; ainda hoje são aplicadas em diversos contextos educativos, inclusive no Brasil.
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