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Aqui você vai encontrar artigos inéditos e exclusivos de músicos, pensadores, criadores e educadores.

Vai ver trechos das gravações das rodas de conversa, nas quais os colaboradores foram convidados a refletir sobre temas diversos, relacionados ao ensino musical. As rodas também foram transcritas, para que você possa acompanhá-las na íntegra.

“Música Popular nas Escolas”

Ivan Vilela

Com a volta da obrigatoriedade do ensino musical nas escolas de níveis fundamental e médio, surge-nos uma questão: quase a totalidade das faculdades de música do País tem como conteúdo curricular o ensino da música clássica europeia1, assim, os alunos dessas faculdades têm como base de seu aprendizado a música produzida na Europa, principalmente entre os anos 1700 e 1800, ou seja, a música dos períodos clássico e romântico, com pequena abordagem do barroco. Perguntamo-nos se seria essa a música a ser ensinada às crianças e jovens do Brasil em pleno século vinte e um?

Quando foram criadas as primeiras escolas de música em nível de terceiro grau no Brasil foram trazidas metodologias utilizadas para o ensino da música europeia; talvez pela inexistência de uma para se ensinar a música clássica brasileira, ou talvez, pelo fato de a música clássica brasileira andar sempre nos trilhos da que elegeu como vanguarda de si, a música europeia, ou talvez ainda, pelo fato de acharem que a música surgida no Brasil, chamada música popular, não tivesse nível nem distinção para ser sistematizada e utilizada como base do ensino musical2. Isto por ser produzida por pessoas, na maioria das vezes, iletradas.

Assim, surge-nos outra questão: qual será o material a ser trabalhado nas escolas?

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