O conteúdo deste projeto está estruturado em 4 blocos.
Aqui você vai encontrar artigos inéditos e exclusivos de músicos, pensadores, criadores e educadores.
Vai ver trechos das gravações das rodas de conversa, nas quais os colaboradores foram convidados a refletir sobre temas diversos, relacionados ao ensino musical. As rodas também foram transcritas, para que você possa acompanhá-las na íntegra.
Por que estudar música?
Música, neurociência e desenvolvimento humano
A educação musical no século XX: métodos tradicionais
Experiências criativas
A música no mundo
- Elizabeth Travassos Lins
- Magda Dourado Pucci e Berenice de Almeida
- Marcos Pupo Nogueira
- Roda de conversa 5
Música popular urbana e identidade nacional
A tradição popular brasileira na música
O educador músico ou o músico educador?
Música e inclusão
A música como instrumento pedagógico: interdisciplinaridade e transversalidade
“Porque estudar Música ‘Erudita'”
Marcos Pupo Nogueira
Quando professores, alunos, dirigentes e gestores da educação trazem a questão de por que estudar a música erudita, ou com outras denominações tais como clássica, de concerto, a “boa música” ou a “música séria”, surge diante de nós a constatação do quanto e há quanto tempo estamos prisioneiros dessas palavras. Para aqueles que acreditam que palavras são importantes, é preciso verificar o sentido de cada uma delas antes de refletir sobre o porquê do estudo do tipo de música que tem admitido tais denominações.
A expressão “música erudita”, pouco utilizada fora do Brasil, pode se referir a composições em que se exige, tanto dos músicos quanto do público, ilustração, ou seja, um tipo de erudição em geral adquirida pela leitura, cursos especializados, audições comentadas de gravações e o hábito de frequentar salas de concerto. “Erudito” tem como antônimo a palavra popular e, mais etimologicamente, significa o oposto de rude ou não cultivado. A palavra “clássico”, por sua vez, remete-se a ideias ou obras paradigmáticas que servem de modelo para outras, ou seja, dignas de serem imitadas. Na antiguidade latina, o sentido era mais exato e se relacionava ao indivíduo pertencente à primeira classe ou, segundo o Dicionário Houaiss, “que é de primeira ordem, de elite”. A expressão “música de concerto” tem sido mais empregada recentemente provavelmente por seu sentido um pouco mais objetivo ao indicar o repertório específico apresentado em salas de concerto.
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